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quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que você entende por Filosofia da Educação?


Sobre a Filosofia da Educação cabe refletirmos sobre os caminhos da educação. Não tem como finalidade fixar princípios e objetivos, não se reduzindo a uma “teoria geral da educação enquanto sistematização dos seus resultados” (SAVIANI, 1980, p.30). Sua função será a de acompanhar como é produzida a realidade humana no seu conjunto, que significado tem certos conteúdos, métodos e eventos pedagógicos no âmbito das relações sociais, de maneira crítica e reflexiva, de modo a explicitar os seus fundamentos, entender a contribuição das disciplinas pedagógicas e avaliá-las quanto à sua significação.
Hoje, a Filosofia da Educação busca desenvolver sua reflexão, levando em conta os fundamentos antropológicos da existência humana tal como se manifestam em mediações históricas, sociais, dimensão esta que qualifica e especifica a condição humana.




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Faça uma análise sobre o Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade.

O estilo “pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Este é o papel da escola na sociedade disciplinar de que fala Foucault. Já Habermas propõe um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para  educação, entendida num sentido construtor de subjetividades emancipadas, criativas, autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”. Educar é produzir sujeitos capazes de linguagem e de ação, calcadas em razões e argumentações justificadas, legítimas, exigências fundamentais para atender às demandas sociais, culturais, econômicas e éticas da modernidade. No Brasil, os desafios são imensos, porém contornáveis mediante de políticas educacionais adequadas, cujo maior obstáculo é a escola “pedagogizadora”. Há certas transformações sociais que só ocorrerão por meio da educação construtora de sujeitos capazes e não apenas capacitados, autônomos e não apenas treinados, qualificados para a ação e não apenas para o exercício.

Disponível em: <https://mail.google.com/mail/?shva=1#drafts/137284d9ea8f183d   >. Acesso em: 07 mai. 2012. 





sábado, 5 de maio de 2012

Explique em que consiste a Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates.


Sócrates usava nas suas conversas com os cidadãos um método chamado maiêutica, que consiste em forçar o interlucutor a desenvolver seu pensamento sobre uma questão que ele pensa conhecer, e evidenciar a contradição. A atividade maiêutica é comparada por Sócrates à profissão de sua mãe, mas ao invés de trazer à luz rebentos ele trazia à luz idéias que já existiam em seus interlocutores. Tem uma frase famosa de Sócrates: "Só sei que nada sei". Sócrates fala disso na Apologia para mostrar que, por mais que investigasse as doutrinas e conversassem com os sábios, não havia encontrado ninguém que conseguisse participar da sua dialética sem cair em evidente erro de raciocínio. Por isso ele se mantinha um investigador desinteressado e não afirmava possuir um saber, como os outros. Por reconhecer sua própria ignorância, a pítia do Oráculo de Delfos o reconheceu como o mais sábio dentre os homens, na ocasião da consulta de Querofonte, amigo de juventude de Sócrates. Já a frase "Conhece-te a ti mesmo" (pois conhecendo-te conhecerá todos os mistérios do universo), apesar de muitas vezes a ele atribuída, era um dos pilares da sabedoria lacedemônoca, sendo por isso inscrita no pórtico do Oráculo de Delfos.



Disponível em:<http://www.consciencia.org/socrates.shtmAcesso em:05 mai. 2012.


Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?

A Distinção entre o Mundo das Idéias e o Mundo Sensível

Platão em seus estudos conheceu e se aprofundou nas teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. Antagônicas entre si, Platão reconheceu certo acerto na filosofia de ambos os filósofos e procurou resolver o problema criando sua própria teoria. De Heráclito, Platão considerou correto  as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança. Concluiu, no entanto, que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento. Com um toque de seu mestre Sócrates, de quem Platão aproveita a noção delogos, está criada a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
Afirma haver dois mundos diferentes e separados: 1) o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e 2) o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Platão, assim, tenta superar a oposição de Heráclito à mutabilidade essencial do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel, relacionando o mundo das idéias ao ser parmenídeo e o mundo dos fenômenos ao devir  heraclitiano.
Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das idéias.
Marilena Chauí define o pensamento socrático, para quem "o mundo sensível é uma sombra, uma cópia deformada ou imperfeita do mundo inteligível das ideias ou essências".
O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das ideias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das ideias não basta a si mesmo. É necessário admitir um conhecimento das ideias incorpóreas que antecedem o conhecimento fornecido pelos sentidos, que por sua vez, somente alcançam o corpóreo.

Disponível em: <http://plataofilosofogrego.blogspot.com.br/>. Acesso em: 05 mai. 2012




sexta-feira, 4 de maio de 2012

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.

CARACTERISITICA DA FILOSOFIA

A Filosofia medieval se caracteriza por ser religiosa, dogmática, clerical e fundamentada no princípio da autoridade. A Filosofia moderna, por sua vez é profana, crítica, leiga e encontra na razão e na ciência seus pressupostos fundamentais. O Renascimento é marcado por uma profunda revolução antropocêntrica: durante esse período instaura-se uma polêmica contra o pensamento medieval (essencialmente teocêntrico), preparando o caminho para o pensamento moderno, para o qual a natureza física e o homem tornam-se o tema central. Revalorização da Antigüidade clássica (Filosofia greco-romana), buscada em suas fontes originais. Propõe-se um novo modelo de homem – considerado um microcosmo – e um novo modelo de Estado. Grande interesse pela epistemologia (teoria do conhecimento). Galileu propõe o método experimental, assentando as bases da ciência moderna.

FILOSOFOS IMPORTANTES

Pomponazzi. Giordano Bruno. Campanella. Telessio. Erasmo de Roterdã. Bodin. Maquiavel.

PERÍODO DA FILOSOFIA

Racionalismo e empirismo: séc. XVII

CONTEXTO HISTÓRICO
Decadência política da Espanha e predomínio da França: consagração do poder absoluto dos reis, com Luís XIII e Richelieu até o apogeu com Luís XIV. Cromwell (Inglaterra). Desenvolvimento da literatura francesa: Corneille, Racine, Molière, La Fontaine (séc. XVII). Nas artes plásticas, aparecimento do estilo barroco. Fundação da física moderna: Kepler, Galileu, Newton, Gassendi e Boyle.

CARACTERISITICA DA FILOSOFIA
Formulação dos grandes sistemas filosóficos que traduzem o espírito dos novos tempos, agrupados em duas correntes divergentes: o racionalismo, quer privilegia as verdades da razão, e o empirismo, que destaca a validade do puramente fáctico, isto é, as impressões sensíveis com ponto de partida do conhecimento. Nesse período, a física (Newton) e a química (Lavoisier) se separam da filosofia.

FILOSOFOS IMPORTANTES
Racionalismo: Descartes. Pascal. Malebranche. Spinoza. Leibiniz.
Empirismo: Francis Bacon. Hobbes. Locke. Berkeley. Hume.

PERÍODO DA FILOSOFIA
Iluminismo: século XVIII

CONTEXTO HISTÓRICO
O Antigo Regime, caracterizado pelo absolutismo, acede a um novo tipo de governo: despotismo esclarecido ou ilustrado – “tudo para o povo, mas sem o povo”. Principais representantes: Maria Tereza e José I (Áustria), Carlos III (Espanha), Frederico II (Prússia), Catarina II (Rússia), Pombal (Portugal). Na França, Luís XVI, derrotado durante a Revolução Francesa (1789). Liberalismo e revoluções burguesas. Revolução Industrial na Inglaterra em 1760 (máquina a vapor). Independência dos Estados Unidos (1776). Inconfidência Mineira (1789). Golpe do 18 Brunário e ascensão de Napoleão Bonaparte (1799). Consolidação do capitalismo industrial e liberal e formação do proletariado. Artes plásticas: barroco, rococó; literatura: início do romantismo.

CARACTERISTICA DA FILOSOFIA
Iluminismo: movimento filosófico, literário e político que visa combater o absolutismo, a influência da Igreja e da tradição, considerando a razão como o único meio para se atingir completa sabedoria. Dessa forma, as idéias modernas tomam fôlego e se expandem: a confiança na razão do século anterior é acompanhada agora por um crescente espírito crítico (racionalismo exacerbado – “luzes da razão” contra as “Trevas da ignorância”). Sonha-se com um homem universal e ideal que concilie natureza e razão, defensor dos direitos humanos e difusor da cultura. A biologia se separa da Filosofia.

FILOSOFOS IMPORTANTES
Iluminismo inglês: Locke
Iluminismo francês: Bayle. D’Alembert. Diderot. La Metrie. Paul Henri Holbach. Helvetius. Condillac. Cabanis. Destutt de Tracy. Voltaire. Montesquieu. Rousseau.
Iluminismo alemão: Tomásio. Wolff. Frederico II. Reimarus. Mendelssohn. Lessing.
Idealismo e criticismo: Immanuel Kant.

Em sentido restrito, o criticismo é empregue para denominar uma parte da filosofia kantiana (aquela que diz respeito à questão do conhecimento). Esta propõe-se investigar as categorias ou formas a priori do entendimento. A sua meta consiste em determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento pela necessidade de fazer apelo à experiência sensível para conhecermos. Este projecto pretende fundamentar um pensamento metafísico de carácter cético. Entre o cepticismo e o dogmatismo, o criticismo kantiano instaura-se como a única possibilidade de repensar as questões próprias à metafísica.

Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo.



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características:

Os Períodos do Pensamento Moderno

De acordo com estudos realizados e por  pesquisa na Wikipedia e outros sites, a Filosofia moderna é “toda filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVIIVIII IX; começando pelo Renascimento e se estendento até meados do século XIX”.

Este grande movimento especulativo, que é o pensamento moderno, naturalmente não se manifesta na sua significação imanentista senão na plenitude do seu desenvolvimento. Portanto, manifesta-se através de uma série de períodos, que se podem historicamente (e dialeticamente) indicar assim:
1. - Antes de tudo a Renascença, em que a concepção imanentista, humanista ou naturalista, é potentemente afirmada e vivida. Trata-se, porém, de uma afirmação ainda não plenamente consciente e sistemática, em que o novo é misturado com o velho. Este, muitas vezes, prevalece ao menos na exterioridade da forma lógica e literária. A Renascença é preparada pelo Humanismo, e tem como seu equivalente religioso a reforma protestante.
2. - A este primeiro período do pensamento moderno, que, substancialmente, abrange os séculos XV e XVI, se seguem o racionalismo e o empirismo, que abrangem os séculos XVII e XVIII. Após a revolução renascentista e protestante, sente-se a necessidade de uma séria indagação crítica, não para demolir aquelas intuições revolucionárias, mas, ao contrário, para dar-lhes uma sistematização lógica. É o que fará especialmente o racionalismo em relação ao conhecimento racional.
3. - E outro tanto fará e empirismo em relação ao conhecimento sensível. Empirismo e racionalismo são tendências especulativas, gnosiológicas, opostas entre si, como a gnosiologia sensista está certamente em oposição à gnosiologia intelectualista. Entretanto, concordam em um comum fenomenismo, pois, em ambos, o sujeito é isolado do ser e fechado no mundo das suas representações. Não se conhecem as coisas e sim o nosso conhecimento das coisas.
4. - Empirismo e racionalismo, após uma lenta, gradual e silenciosa maturação, encontrarão uma saída prática, social, política, moral, religiosa no iluminismo e, portanto, na revolução francesa (Segunda metade do século XVIII); esta representa a concreta realização do pensamento moderno na civilização moderna. Esse movimento começa na Inglaterra, triunfa na França e se espalha, em seguida, na Alemanha e na Itália.

 A filosofia moderna, que só admite o que explica, não deixa de admitir essa obscura faculdade chamada instinto que parece guiar os animais, sem qualquer conhecimento adquirido, no sentido de algum fim. O instinto, segundo um de nossos mais sábios filósofos (Condillac), nada mais é do que um hábito privado de reflexão, mas adquirido por reflexão; a maneira pela qual ele explica esse progresso obriga-nos a concluir que as crianças refletem mais do que os adultos, paradoxo muito estranho para valer a pena ser examinado. Sem entrar aqui nessa discussão, pergunto que nome devo dar ao ardor com que meu cão faz guerra às toupeiras que não come, à paciência com que as guarda, jogando-as por terra no momento em que saltam, matando-as em seguida para deixá-las ali, sem que jamais alguém o tenha dirigido para essa caça ou lhe ensinado que existem toupeiras. Pergunto ainda, e isso é mais importante, por que, na primeira vez em que ameacei esse mesmo cão, ele se atirou de costas no chão, as patas dobradas, numa atitude suplicante e mais própria para me comover, postura em que não permaneceria se, sem me deixar dobrar, eu lhe batesse. Quê?! meu cão, pequenino, mal acabado de nascer, já teria adquirido idéias morais? Sabia o que era clemência e generosidade? Em virtude de que luzes adquiridas esperava me acalmar, abandonando-se assim à minha discrição? Todos os cães do mundo fazem quase o mesmo no mesmo caso, e nada falo aqui que não possa ser verificado por todos. Que os filósofos, que tão desdenhosamente rejeitam o instinto, queiram explicar esse fato apenas pelo jogo das sensações e dos conhecimentos que elas nos fazem adquirir; que o expliquem de maneira satisfatória para todo homem sensato; então não teria mais nada a dizer e não mais falarei de instinto. (Nota de Rosseau)

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna  >. Acesso em: 02 mai. 2012

Disponível em: <http://www.mundodosfilosofos.com.br/rosseau.htm>. Acesso em: 02 mai. 2012
Disponível em: <http://www.mundodosfilosofos.com.br/rosseau.htm >. Acesso em: 02 mai. 2012


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Faça uma análise do Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles e dê suas considerações sobre a influência ou não destes filósofos na Educação atual.


A Grécia é considerada o berço da civilização, de onde surgiram os principais pensadores e filósofos que influenciaram não só a maneira de se pensar em educação, mas todas as demais ciências. Os principais representantes foram Sócrates, Platão e Aristóteles. Na Grécia, as crianças vivam sua primeira infância com a família, assistidas pela mão e submetida à autoridade do pai. Havia duas correntes de pensamento para definir o que seria a educação ideal do indivíduo. Os espartanos defendiam que o homem deveria ser o resultado do culto ao corpo. Os adolescentes eram treinados para combater através de competições e jogos com disco , dardo, arco, carros , onde força, astúcia e inteligência deveriam sempre estar juntas. Para os atenienses, o indivíduo deveria falar bem, ser racional, saber argumentar e defender seus direitos. Com a criação do alfabeto iônico, totalmente fonético, toda a Grécia teve grande florescimento no campo da poesia e teatro, história e filosofia. A educação ateniense propõe uma idéia harmônica que inspira o processo educativo ligada ao crescimento da personalidade e humanidade do jovem.
Os sofistas, precursores dos professores modernos, eram mestres que viajavam de cidade em cidade e cobravam taxas para oferecer educação. Eram professores de retórica e foram os primeiros advogados a existir, pois cobravam do seu cliente para fazer a sua defesa.

As escolas romanas foram organizadas segundo o modelo grego, destinadas a dar uma formação gramatical e retórica, ligada à língua grega. Muito depois foi fundada uma escola retórica latina que reconhecia a literatura e a língua dos romanos. Por muito tempo o texto base da educação romana foi o das doze tábuas, escrito no bronze e exposto publicamente no fórum para que todos pudessem ver (Cambi, p 105, 2001)
Da escola romana surgiram muitos conceitos e práticas que influenciaram a escola moderna e que percebemos grandes semelhanças em nosso sistema de ensino. As escolas eram divididas em três graus: elementares ou litterator, dirigidas pelo ludi magister (daí o termo magistério) que era o professor. Era destinada a educação primária: ler, escrever, calcular. As crianças passavam boa parte do dia na escola e eram submetidas à rigorosa disciplina do magister. Depois se passava para a escola secundária onde aprendia-se a cultura em suas diversas formas: gramática , música , geometria, astronomia, literatura e oratória. Por fim, as escolas de retórica, onde tinham a política e a filosofia com base. Podemos perceber no sistema romano semelhanças ao sistema escolar que conhecemos. Os três graus da escola romana, ou seja, primário, secundário e as escolas de retórica se assemelham ao primário (atual ensino fundamental ciclo I), ginásio (atual ensino fundamental ciclo II) e colegial (atual ensino médio) em sua estrutura. Não é possível fazer uma comparação direta, mas é evidente que as bases da escola, como a que conhecemos hoje, encontram suas origens, em grande parte, no sistema romano. Claro que , com relação ao conteúdo , as áreas do conhecimento são muito mais amplas atualmente.
Na idade média, podemos colocar como ponto de partida a doutrina católica. A escola funcionava em estreita relação com a igreja, com a fé cristã. Segundo Cambi, (2001, p 121) “o advento do cristianismo operou uma profunda revolução no mundo antigo, talvez a mais profunda que o mundo ocidental tenha conhecido”.

PRINCIPAIS PENSADORES QUE INFLUENCIARAM A EDUCAÇÃO

No campo da educação, as teorias surgem e ressurgem, as experiências se sucedem, mas muitas idéias ainda permanecem, mesmo que de maneira parcial, influenciando novas práticas. O grande filósofo Sócrates, apesar de não ter deixado uma linha escrita , suas idéias tiveram enorme impacto no mundo ocidental. Suas influências na educação são marcantes. Segundo Hubert (1967, p 199) para Sócrates “...a educação é coisa inteiramente diferente de uma socialização, da integração de um espírito num sistema de crenças feitas e estranhas à ele ...”, e completa afirmando que “... toda educação verdadeira é auto-educação, cujo fim é permitir ao ser encontrar-se a si mesmo ...”. Percebe-se aqui a preocupação com a formação do indivíduo como um todo, ou seja, de maneira holística, não apenas a educação através da simples transmissão do conhecimento de quem ensina ao que aprende. Nesse contexto, a educação deve trazer, além do conhecimento, o crescimento interior.
O maior discípulo de Sócrates, Platão, defendia uma sólida formação básica, que evoluía a elevados estudos filosófico. Para se chegar a esse nível de educação é necessário passar por uma educação básica, preparatória, onde o indivíduo deveria desenvolver de forma harmoniosa o espírito e o corpo. Analisando esses conceitos de forma mais aprofundada, percebemos que Platão já previa o que atualmente a ciência comprova.
Platão acreditava que a educação das pessoas, ou seja, a aquisição de conhecimentos, seria possível controlar certos instintos, como a ganância e a violência. Daí podemos refletir sobre a educação que a escola proporciona. É preciso educar o indivíduo para aumentar seus conhecimentos, mas é preciso que essa educação seja oferecida somada à valores éticos e morais, somente assim temos uma educação consistente. Platão foi o primeiro a pensar no ideal da escola pública. Segundo Ferrari (2006, p. 13), “Baseado na idéia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal...”. Encontramos aí a origem da idéia da escola pública, que hoje é uma realidade, porém se distancia dos ideais defendidos por Platão.
Discípulo de Platão, Aristóteles defendia que a educação é superior às leis e o circulo da ciência humana se concentra na educação. Para o filósofo, a virtude deveria ser praticada para que o indivíduo se tornasse virtuoso. Toda educação deve ser pública e direcionada para a virtude.